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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Weather Systems - Anathema

ImagemSe o My Dying Bride talvez dentre as três seja a mais agressiva e depressiva, e o Paradise Lost seja a mais melodiosa e com a pegada mais característica; o Anathema, sempre dignamente no que se propunha a fazer, foi se aventurando e desenvolvendo cada vez mais o seu som. Até que hoje chegamos ao seu 11º registro, o belíssimo e impecável "Weather Systems".
O Anathema declaradamente tem como uma das influências principais o Pink Floyd, mas aqui a banda vai muito além disso, também passeando pelo post-rock e alternativo que conhecemos hoje. Ela não abandona totalmente o doom e o gótico pelo qual se notabilizou, tanto que a pegada de algumas músicas, como o single "The Storm Before The Calm", logo remete-se a algo assim (pelo menos na minha humilde opinião). Essa é a mais evidente, só que em várias outras dá para se perceber isso. Entretanto se encontram tão enraizadas no meio de tantas outras influências, que essa característica só se revela escutando o álbum mais de uma vez. Aliás é fundamental escutar "Weather Systems" várias vezes para se apreciar toda a beleza contida ali.
Dentre tanta coisa que falei, decerto, é impossível conseguir rotular a banda para você leitor de forma convincente. Isso porque o Anathema ao longo da sua carreira sempre fez um álbum diferente um do outro conseguindo estabelecer uma identidade tão marcante, que fica até ofensivo limitar a banda em alguns rótulos e adjetivos. Mas para dar uma ideia do álbum, bem vaga, "Weather Systems" em certos momentos é como se fosse o Coldplay; só que ao contrário da insípida banda inglesa, aqui temos peças belíssimas e comoventes que ficam bem longe de toda baboseira pop que o dito cujo faz.

A abertura com as duas partes de "Untouchable", nos convidam para uma experiência por todas as 9 faixas do álbum, aliás, são 55 minutos que logo ficam curtos quando se percebe ao final da audição que o álbum funciona perfeitamente - e só assim - sem pular nenhuma faixa. É uma experiência sonora deliciosa e singela.
Antes que você pense que depois de tantos elogios e passeios que o Anathema deixou de ser uma banda de rock, a guitarra tem um importante trabalho no álbum, principalmente na dupla "The Gathering Of Clouds" e "Lightning Song". Já o lado mais progressivo vem na forte "Sunlight" e na linda "The Storm Before The Calm", onde temos uma faixa que claramente se divide em duas partes distintas, uma metade eletrônica desembocando no momento mais progressivo do álbum e terminando num belo solo a la David Gilmour.
Outras partes importantes que não devo deixar de citar, são a capa e a produção cristalina do álbum, e a participação fundamental da vocalista de voz belíssima Lee Douglas em duetos com Vincent Cavanagh em várias faixas do trabalho. As mais marcantes são a "Untouchable Part 2" (de letra belíssima), e a já citada "Lightning Song".
Se a banda perdeu muitos fãs da antiga fase em que tocavam um doom/death, a banda angariou com certeza vários outros dispostos a descobrir e experimentar novos horizontes musicais. Com "Weather Systems" e com seus últimos álbuns, o Anathema se notabilizou pela proposta da música de qualidade acima de tudo. Quem está disposto a "viajar" junto, não irá se arrepender.
A banda descreveu "Weather Systems" como: "não sendo música de fundo para festas. O álbum foi feito para tocar profundamente o ouvinte". E não é mais que a verdade. Um dos álbuns mais comoventes que já pude ouvir, e forte candidato a um dos melhores do ano.
Tracklist:
"Untouchable, Part 1" - 6:14
"Untouchable, Part 2" - 5:33
"The Gathering of the Clouds" - 3:27
"Lightning Song" - 5:25
"Sunlight" - 4:55
"The Storm Before the Calm" (John Douglas) - 9:24
"The Beginning and the End" - 4:53
"The Lost Child" - 7:02
"Internal Landscapes" - 8:52

Fonte:  http://whiplash.net/materias/cds/156248-anathema.html#ixzz1x9PdWqOy

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